O transporte rodoviário possui extrema relevância no Brasil, visto que se trata do principal sistema logístico do país. Nele, estão inclusas a frota de ônibus e a de caminhões, as quais movimentam pessoas e cargas, respectivamente.

Devido ao fluxo intenso dessas frotas somado ao tráfego de veículos particulares nas estradas aliados às condições das vias existentes, a atenção ao bom estado dos ônibus, caminhões e carros deve ser redobrada. 

Para se ter uma ideia, o número de acidentes provocados por falhas mecânicas nos veículos chegou a mais de 3.700 em 2020, conforme aponta o Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro. Desse total, 99 acidentes ocorreram com ônibus, envolvendo 683 pessoas.

É por isso que a manutenção é indispensável, afinal, ela reduz as possibilidades de eventos inoportunos e, ainda, é economicamente viável. Continue a leitura e entenda!

Problemas mais comuns em uma frota própria

Manter uma frota de ônibus própria requer uma gestão eficiente para evitar grandes transtornos.

Entre as possíveis adversidades, podemos citar a dificuldade no gerenciamento de documentação, muitas vezes causada por empecilhos burocráticos e até mesmo falta de profissionais para lidar com isso.

Se a sua frota não possui veículos reserva, o problema se agrava. Isso significa que, ao detectar qualquer sinal de falha no ônibus, será preciso interromper o serviço prestado, podendo resultar em transtornos ainda maiores com seus clientes e parceiros. Certamente, nenhum gestor gostaria de lidar com esse contratempo considerando a alta competitividade de mercado em relação a prazos, satisfação e segurança. 

Vemos que muito se evita com planejamento e manutenção dos veículos.

Frota de ônibus parada: desperdício de tempo e dinheiro

Quando um veículo apresenta defeitos e necessita de reparos, é preciso tirá-lo de circulação até que sua integridade seja restaurada. Isso pode resultar em ociosidade.

A situação, além de  comprometer toda a agenda, prejudica a reputação da companhia. Consequentemente, a receita da empresa tende a ser afetada.

Portanto, é preferível estabelecer gastos fixos com a manutenção preventiva feita periodicamente, podendo ser trimestral, semestral ou anual, dependendo da análise das variáveis como horímetro ou odômetro, tipo de veículo, recomendação do fabricante e trabalho exercido por ele, por exemplo.  Sabemos que muitos ainda evitam  o planejamento de manutenção dos veículos, mas essa pode ser uma estratégia onde são antecipadas medidas corretivas que impactam significativamente toda a operação de uma empresa. 

O que é manutenção e qual sua importância para a frota?

Existem dois principais tipos de manutenção:

1. A manutenção corretiva e 
2. A manutenção preventiva. 

Explicaremos cada uma delas.

1. Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva é uma medida de urgência e consiste no reparo de componentes que apresentam falhas. Eles podem estar quebrados, deteriorados ou com avarias que prejudicam o funcionamento pleno do veículo. Normalmente quando ocorre, um ou mais componentes já podem estar seriamente comprometidos. Sabemos que como o funcionamento do motor depende de vários componentes e que funcionam de forma interligada,  o prejuízo pode se estender causando maior perda de tempo e dinheiro quando a  opção é  pela manutenção  corretiva.

2. Manutenção Preventiva

Esta, por outro lado, é realizada com periodicidade e tem como objetivo garantir a potência máxima dos componentes veiculares e sua segurança. Todos os elementos são inspecionados e, caso apresentem indícios de problemas, são reparados ou substituídos com antecedência. Esse tipo de manutenção é muito valiosa para a empresa, pois em muitos casos os problemas podem ser silenciosos. 

A manutenção preventiva é uma forma de evitar adversidades futuras, como acidentes causados por defeitos que dizem respeito ao tempo de uso, por exemplo ou frota em desuso. É uma opção mais econômica, considerando que pode entrar no planejamento financeiro da companhia, ou seja, não se trata de um gasto surpresa.

Outros prejuízos da falta de manutenção preventiva

A manutenção preventiva da frota de ônibus está relacionada a outros aspectos além dos que já pontuamos. A seguir, abordaremos mais duas questões diretamente ligadas à manutenção.

Alto consumo de combustível

Uma viagem pode durar mais tempo do que o esperado se a potência do veículo estiver em queda. Com a perda de potência você certamente necessitará de um esforço maior o que acarreta  gasto de combustível. Outros fatores também influenciam o consumo elevado de diesel, como a calibragem dos pneus, o desalinhamento, o excesso de peso e avarias nos componentes.

Como saber se o veículo está com alto consumo de combustível?

Observe a equivalência entre a quantidade de combustível consumido e a quilometragem rodada, a partir de indicadores que comparam com a proporção normal. Se for notado algum desequilíbrio, significa que o veículo está consumindo mais do que o esperado.

Também é possível constatar o gasto elevado através da calibragem. O consumo de combustível pode estar de 6% a 10% acima do normal se a pressão dos pneus estiver 10% abaixo do recomendado.

Perda de potência do veículo

Como mencionado anteriormente, outro problema que pode ser evitado com as manutenções é a perda de potência do motor diesel. O veículo pode estar com defeitos na vela, ausência de lubrificação, vazamentos, acúmulo de sujeira no filtro de ar, e por aí vai. Tudo isso pode ser identificado e solucionado na manutenção preventiva.

Quais são os sinais de perda de potência do veículo?

Observe se há os seguintes sinais na sua frota de transporte:

• Presença de fumaça escura;
• Motor engasgando;
• Dificuldade para ligar o veículo;
• Alto consumo de combustível;
• Ruído;
• Fuligem.

Manutenção preventiva: o melhor investimento para sua frota

Ficou evidente que a manutenção preventiva é a melhor opção para garantir o desempenho adequado da sua frota de ônibus. Na ausência dela, diversos problemas podem surgir, gerando prejuízos financeiros à empresa, além de colocar em risco a notabilidade da empresa, a integridade de motoristas e passageiros.

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