Quem ouve o termo engenharia reversa pode até imaginar que ele se refere à práticas ilegais, como espionagem industrial, mas o conceito vai muito além disso. A amplitude desta área é tão grande que ela se relaciona à remanufatura de componentes, grande aliada da economia empresarial.
É muito difícil, por exemplo, concebermos a indústria 4.0 sem a engenharia reversa, pois ela é o que impulsiona o amplo desenvolvimento, mantendo a economia competitiva e aquecida.
Estamos falando de um processo rápido e barato, ou seja, um grande “atalho” na criação de novas tecnologias.
Por isso, confira o que é engenharia reversa e como ela se relaciona à remanufatura.
O processo de engenharia reversa significa, na prática, desconstruir para conhecer e entender o funcionamento, estrutura e princípios tecnológicos de determinado hardware ou software.
Isso vai muito além da aplicação industrial, tanto que universidades e centros acadêmicos com foco em tecnologia a utilizam como método de ensino, sendo parte de muitos processos de inovação.
A engenharia reversa foi largamente utilizada na Segunda Guerra Mundial pelo Japão, que se empenhou a estudar equipamentos militares alemães e americanos para aprimorar sua estratégia de bélica.
Na indústria não é diferente. A engenharia reversa é o que possibilita a evolução e a competitividade, e é graças a ela que evoluímos do tradicional Ford GT para modelos cada vez mais modernos e diversos de automóveis.
Usemos um exemplo mais próximo de nossa realidade.
Você já deve ter notado que o lançamento de um produto quase sempre é sucedido de outros lançamentos muito similares. Observamos isso, principalmente, a cada nova geração de Iphone, sucedida por aparelhos com layout, funções e software similares, mas muito mais baratos e, consequentemente, mais acessíveis ao público geral.
Até mesmo a assistente inteligente de Steve Jobs, a Siri, tem concorrentes de valor muito mais baixo disponíveis no mercado.
A engenharia reversa também é muito utilizada em programas de softwares de códigos abertos. Esses softwares permitem que qualquer programador faça análises minuciosas de sua estrutura e o reproduza com modificações.
Essa prática nos mostra que não há inovação tecnológica, de fato. Toda nova tecnologia é baseada em sua antecessora e busca aperfeiçoá-la. Quando não tem esse objetivo, ela é a soma de processos distintos que pode originar um novo produto.
Entretanto, a engenharia reversa não é utilizada somente para “copiar” produtos, mas também para entender seu funcionamento e aprimorá-lo.
Entenda como:
A engenharia reversa é um método que tem por base algumas etapas fundamentais.
Mesmo que o equipamento tenha um manual detalhado de especificações, ele é analisado por alguém com muito conhecimento técnico. O objetivo, aqui, é entender seu funcionamento e planejar melhorias.
Esta fase visa registrar toda a análise e proposta de redimensionamento. Ter a documentação é importante para consulta posterior, uma vez que o equipamento sofrerá mudanças.
É preciso atenção ao copyright, ou seja, os direitos de patente dos equipamentos.
Para contornar esse impedimento o clean roon design pode ser utilizado. Com ele, é possível obter apenas as especificações de um sistema, e não sua tecnologia, o que não configura ilegalidade.
O quarto passo consiste em adaptar o produto ao seu novo objetivo.
Nesse ponto, fica claro o quanto a engenharia reversa é complexa, pois reconfigurar um dispositivo não é simples. Esse ponto pode se ocupar tanto da reconfiguração de partes do dispositivo quanto de todo o conjunto.
A execução é muito similar ao processo de engenharia convencional. No último passo, são feitas pesquisas que apontarão o modo como as modificações serão conduzidas, os novos materiais que substituirão os antigos e outros pontos.
Nessa fase, a modelagem 3D é muito usada. Ela consiste na visualização do novo produto que está em desenvolvimento, ajuda a antecipar falhas e defeitos e apresenta o visual do produto final.
Se você acompanha o blog da Turbo Brasil, certamente conhece o conceito e a aplicação da remanufatura. Ele a é definida como o processo de reaproveitamento de componentes, tornando-o equiparável a uma nova peça.
A remanufatura faz uso da engenharia reversa no processo de recuperação de componentes e os motivos porque as empresas apostam nessa prática são diversos:
A remanufatura é essencial para garantir a competitividade e a eficiência energética das empresas. Por isso, a Turbo Brasil investe em aprimoramentos neste processo por meio da engenharia reversa.
Possuímos uma área de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) que se ocupa em agregar mais tecnologia às nossas reformas. Com isso, conseguimos corrigir defeitos de fabricação e aprimorar os processos de fábrica.
Os componentes remanufaturados saem de nossos laboratórios com os seguintes benefícios:
Como você pôde ver neste artigo, a engenharia reversa é um importante ativo para a inovação em todas as esferas criativas, de hardwares à softwares. Na remanufatura, ela é uma forte aliada para a recuperação de componentes, resultando em economia financeira e preservação de recursos ambientais.
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